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Na semana passada, a Petrobras anunciou um novo aumento para os combustíveis, o que levou os consumidores a recorrerem à calculadora para fazer contas e descobrir com o que vale mais a pena encher o tanque do carro.
Após o reajuste de preços, muitos motoristas optaram pelo etanol, que, teoricamente, não sofreu aumento, ao contrário da gasolina (18,7%), diesel (24,9%) e até o gás de cozinha (16%). Os valores do etanol, porém, acabam ficando mais caros até por causa da alta demanda. E mesmo que o preço seja mais em conta na bomba, o etanol roda menos quilômetros em comparação com a gasolina, por exemplo. Nesse caso, então, o que vale mais a pena?
O que determina é a chamada paridade dos preços, uma espécie de regra usada no mercado que diz que, para valer a pena, o etanol deve custar até 70% do preço da gasolina, que rende mais no motor. Saiba mais:
Regra dos 70%
Desde que os carros flex começaram a se popularizar, em meados dos anos 2000, a regra mais divulgada para decidir entre álcool ou gasolina é a dos 70%.
Isso porque, de maneira geral, o consumo dos automóveis era 30% maior com o combustível vegetal. Desse modo, para que abastecer com álcool fosse mais barato, seu preço deveria ser equivalente a, no máximo, 70% do preço da gasolina. Caso contrário, o derivado de petróleo continuaria sendo mais vantajoso para o bolso.
Para calcular essa relação, basta multiplicar o preço do álcool por 100 e dividir pelo preço da gasolina: se o resultado for maior que 70, o valor mais baixo não compensa o consumo maior.
Porém, com a modernização dos motores, essa regra dos 70% pode não representar a realidade para todos os automóveis no mercado. Quando o carro apresenta um bom rendimento com etanol, pode valer a pena abastecer com ele mesmo que o preço esteja na casa dos 75%.
Sendo assim, o ideal é observar os dados de consumo do seu carro. Melhor ainda é fazer testes com álcool e gasolina, comparando os dados do computador de bordo. Se o seu carro consumir apenas 20% a mais com etanol, por exemplo, a regra para você seria com 80% - e não 70%, como aponta o senso comum.
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